Carlo Ancelotti, Saiba o Que Muda no Novo Comando
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou oficialmente em 12 de maio de 2025 a contratação de Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira. O italiano assumirá o cargo após o término da temporada europeia, com sua estreia prevista para os jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 contra o Equador e o Paraguai, nos dias 6 e 11 de junho, respectivamente. A primeira convocação de Ancelotti será divulgada em 27 de maio.
Carlo Ancelotti, nome que ecoa nos principais estádios da Europa, agora ocupa uma das cadeiras mais emblemáticas do futebol mundial: o comando técnico da Seleção Brasileira. A chegada do italiano trouxe não apenas prestígio internacional, mas também um novo horizonte de expectativas para os torcedores do país pentacampeão.
Com uma carreira consagrada nos bastidores de gigantes como Milan, Real Madrid, Chelsea e Bayern de Munique, Ancelotti coleciona títulos e uma reputação de liderança serena e estratégica.
Carlo Ancelotti: O Técnico Mais Vitorioso da Europa Assume o Comando da Seleção Brasileira
Carlo Ancelotti, renomado técnico italiano, foi oficialmente anunciado como o novo treinador da Seleção Brasileira em 12 de maio de 2025. Com uma carreira repleta de conquistas, Ancelotti é o único técnico a vencer as cinco principais ligas europeias: Serie A (Itália), Premier League (Inglaterra), Ligue 1 (França), Bundesliga (Alemanha) e La Liga (Espanha). Além disso, ele detém o recorde de cinco títulos da UEFA Champions League como treinador, consolidando-se como um dos mais bem-sucedidos da história do futebol.
Sua chegada à Seleção Brasileira marca um momento histórico, sendo o primeiro estrangeiro a assumir o comando técnico da equipe em seus 111 anos de existência. Ancelotti iniciará sua jornada à frente da seleção em 26 de maio de 2025, após concluir a temporada com o Real Madrid. Sua vasta experiência e histórico de sucesso são vistos como estratégicos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para restaurar o protagonismo do Brasil no cenário mundial do futebol.
A carreira vitoriosa de Ancelotti
Antes de vestir verde e amarelo, Carlo Ancelotti desfilou sabedoria tática nos principais palcos do futebol europeu. Começou como assistente técnico de Arrigo Sacchi, até assumir o Milan, onde conquistou duas Ligas dos Campeões da UEFA (2003 e 2007). Comandou Chelsea, PSG, Real Madrid e Bayern, colecionando títulos nacionais e continentais.
Seu currículo inclui um feito histórico: o único técnico a vencer a Champions League quatro vezes (duas com o Milan e duas com o Real Madrid). Ancelotti é também conhecido por sua capacidade de adaptação, respeitando as características dos elencos que treina, sem impor fórmulas rígidas.
Esse histórico o posiciona como uma figura de respeito no futebol mundial, o que justifica, em parte, o entusiasmo com sua chegada à seleção brasileira. Mas será que sua experiência europeia se traduzirá em sucesso no cenário sul-americano?
O convite para a Seleção Brasileira
O interesse da CBF em Ancelotti surgiu ainda em 2022, quando a entidade buscava um nome de peso internacional após a saída de Tite. Embora tenha havido sondagens a técnicos brasileiros, a direção decidiu apostar em um perfil que trouxesse novidade e autoridade.
O técnico, que ainda comandava o Real Madrid, aceitou o convite com uma condição: só assumiria oficialmente após o fim da temporada europeia. Essa espera, embora gerasse ansiedade entre os torcedores, foi vista como um preço justo por um nome de tal magnitude.
A chegada do italiano é inédita na história da Seleção: nunca antes um técnico europeu assumiu o comando do time principal do Brasil. Isso, por si só, já torna essa fase uma das mais intrigantes do futebol nacional.
Negociação entre Carlo Ancelotti e a Seleção Brasileira: Um Acordo Histórico
A negociação entre Ancelotti e a CBF foi marcada por meses de especulações e desafios. Apesar de ter contrato com o Real Madrid até junho de 2026, todas as partes envolvidas — Ancelotti, Real Madrid e CBF — chegaram a um acordo para sua liberação. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, destacou que a contratação de Ancelotti é uma declaração ao mundo da determinação do Brasil em recuperar o protagonismo no futebol internacional.
A transição de Ancelotti para a Seleção Brasileira também coincide com a saída de Dorival Júnior, demitido após uma série de resultados negativos, incluindo a derrota por 4 a 1 para a Argentina nas Eliminatórias. A CBF buscava um nome de peso para liderar a equipe rumo à Copa do Mundo de 2026, e Ancelotti foi a escolha unânime.
Estilo de jogo e filosofia tática
Ancelotti não é conhecido por impor um único sistema. Ele prefere adaptar-se às características do elenco. No Real Madrid, soube tirar o melhor de talentos como Modrić, Benzema e Vinícius Júnior – este último, inclusive, figura central da atual Seleção.
Seu estilo é definido por pragmatismo inteligente. Usa formações como o 4-3-3 ou 4-4-2 losango, sempre priorizando equilíbrio entre defesa e ataque. Valorizando a posse, mas sem excesso, privilegia transições rápidas e uma leitura de jogo apurada.
Para o Brasil, isso significa um choque interessante: o país tem tradição ofensiva e técnica, e Ancelotti pode unir isso à disciplina tática europeia. O desafio será manter o DNA da seleção sem engessá-lo.
Desafios de liderar uma seleção sul-americana
Embora sua trajetória seja brilhante, Ancelotti nunca trabalhou em uma seleção sul-americana. As diferenças culturais, o estilo vibrante das torcidas, e as pressões podem surpreender quem está habituado aos bastidores dos clubes europeus.
Além disso, lidar com calendários mais apertados, deslocamentos longos e convocações curtas pode limitar a aplicação de seu estilo. Outro desafio é o idioma – embora esteja aprendendo português, a comunicação será testada nos bastidores e no campo.
Esses obstáculos, no entanto, não são intransponíveis. Sua maturidade e habilidade de liderança podem ser suficientes para driblar as dificuldades iniciais e criar um ambiente coeso e vencedor.
Comparações com treinadores anteriores
Comparado a nomes como Tite, Felipão e Dunga, Ancelotti apresenta uma abordagem mais maleável e menos dogmática. Tite, por exemplo, era mais metódico e detalhista, enquanto Felipão era motivador e focado na força do grupo. Dunga, por sua vez, adotava uma postura mais rígida e disciplinadora.
Ancelotti não é um técnico de discursos inflamados nem de táticas revolucionárias. Sua força está na gestão de grupo, na serenidade e na capacidade de unir craques em torno de objetivos claros – algo que, muitas vezes, faltou à Seleção em Copas recentes.
Essa diferença de perfil pode ser justamente o diferencial que o Brasil precisa neste novo ciclo.
Repercussão entre jogadores e torcedores
A recepção ao nome de Ancelotti dividiu opiniões. Muitos torcedores ficaram entusiasmados com a possibilidade de um treinador vencedor e carismático. Já outros questionam se um europeu, sem vivência profunda do futebol brasileiro, conseguirá se adaptar.
Entre os jogadores, a resposta foi majoritariamente positiva. Vinícius Júnior, Rodrygo e Militão, que já o conhecem do Real Madrid, destacaram sua competência e bom relacionamento. Essa proximidade com a nova geração pode ser um trunfo.
A construção de uma boa relação com a torcida será essencial. Para isso, os resultados em campo – e o estilo de jogo apresentado – terão papel central.
O que esperar da Copa sob seu comando
Pensar na Copa de 2026 com Ancelotti no comando exige equilíbrio. A empolgação é natural, mas o caminho até lá é longo.
Com um elenco jovem, recheado de talentos promissores, o técnico terá espaço para formar uma equipe competitiva, dinâmica e menos dependente de nomes históricos. Se conseguir criar uma base sólida e manter a harmonia do grupo, o Brasil pode sim sonhar alto.
Mas será necessário lidar com a impaciência de parte da torcida, a pressão da mídia e a cobrança por resultados imediatos – um velho conhecido dos técnicos que vestem o manto verde e amarelo.
Curiosidades sobre Ancelotti
- É formado em Economia Agrícola e já cogitou seguir carreira no campo antes de virar técnico.
- É conhecido por sua calma fora de campo, e costuma ouvir ópera antes dos jogos.
- Já treinou mais de 20 brasileiros, incluindo Kaká, Ronaldo, Marcelo e Casemiro.
- É fluente em cinco idiomas, e está atualmente aprendendo português com aulas particulares.
- Seu prato favorito é o risoto alla milanese – mas já foi visto elogiando feijoada.
Carlo Ancelotti representa mais do que um nome forte à frente da Seleção Brasileira. Ele é um símbolo de renovação, de diálogo entre estilos e de uma nova tentativa de retomar o protagonismo internacional com equilíbrio e sabedoria. Mas também é um teste: o Brasil está pronto para seguir um caminho menos tradicional em busca da sexta estrela?
Ao combinar experiência europeia com o talento nacional, essa união improvável pode render frutos inesperados. Ou, ao menos, oferecer à torcida brasileira uma nova narrativa cheia de possibilidades.